História da Ordem
História da Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora
A Principesca e Ducal Ordem Dinástica das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora nasceu em 1770, quando Domenico II Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina decidiu criar uma Ordem para comemorar o seu casamento com a Princesa Maria Gabriella Scarampi, filha do Marquês de Prunetto e Levice.
Como modo de homenagear a esposa, que se chamava Maria, Domenico II escolheu por Padroeira da Ordem Nossa Senhora Santa Maria Auxiliadora dos Cristãos, uma homenagem Mariana surgida em 1571, quando os Cavaleiros da santa Liga do Galo de Ouro combateram os muçulmanos em Lepanto.
Na Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora somente poderia aceitar mulheres, que sendo Damas da Ordem receberiam a Condecoração em um nível único, que era o de Nobre Dama do Grão-Colar de Nossa Senhora Auxiliadora. As Damas condecoradas com a Ordem deveria obrigatoriamente professar a Fé Católica, além de serem membros da Nobreza Europeia.
O primeiro Grão-Magistério da Ordem foi compartilhado entre a Princesa Elisabetta della Torre, Princesa Viúva de Trivulzio-Galli e Princesa Mãe de Mesolcina, que era a viúva de Domênico I Trivulzio-Galli e mãe de Domênico II, e a Princesa Maria Gabriela Scarampi, esposa de Domênico II.
O Grão-Magistério da Ordem foi sempre conferido a esposa do Príncipe Soberano, sendo que em 1816, a pedido do Príncipe Andre I Trivulzio-Galli, o Papa Pio VII definiu como sendo o dia da Festa de Nossa Senhora Auxiliadora o dia 24 de maio, sendo este dia escolhido pelo Pontífice por ter sido libertado do cativeiro napoleônico.
Com insígnia da Ordem fora conferido uma cruz de ouro, tendo ao centro um medalhão esmaltado em cor-de-rosa, tendo ao centro Nossa Senhora Auxiliadora. No anverso da Cruz vai o Monograma da Grã-Mestra da Ordem. O Grão-Colar da Ordem é composto por duas correntes de ouro, rodeadas pela representação do Sagrado Coração de Maria, intercalados com a rosa vermelha, símbolos de devoção Mariana.
O número de Damas, originalmente fixado em 21, foi suplementado em 1870, quando do Aniversário do I Centenário da Ordem, a Grã-Mestra Elisabetta Antonietta Morando, esposa do Príncipe Tolomeo V Trivulzio-Galli aumentou o número de Damas, criando outras três Categorias de Damas, além das 21 Damas do Grão-Colar: As Damas Nobres da Grã-Cruz, as Damas Nobres Grandes Oficiais, e as Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora.
Numerosas Rainhas e Princesas europeias foram Damas Nobres da Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora ao longo dos anos, sendo que a Ordem sempre fora mantida restrita às Damas Católicas, cuja vida fosse tida como ilibada.
Em 1950 a Grã-Mestra Joana Argenta, esposa do Príncipe Pedro IV Trivulzio-Galli permitiu pela primeira vez que mulheres que não fossem da Nobreza, tivessem acesso à Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora.
Com o Grão-Magistério da Princesa Adélia Berti, esposa do Príncipe Verginio I Trivulzio-Galli, a Ordem teve uma nova fase, sendo condecoradas numerosas Damas, Nobres ou não, que participavam do convívio da Princesa. Como em 1995 a Princesa Adélia esteve gravemente enferma, enfermidade que duraria o resto de sua vida, a Princesa Rosa de Lusignan-Boni, esposa do Príncipe Herdeiro, Ângelo II Trivulzio-Galli, foi nomeada Primeira Dama da Ordem, com todos os Poderes Magistrais de Nomear novas Damas, bem como responder por toda a Ordem.
Em 2005, com o falecimento da Princesa Adélia, a Princesa Rosa passa de Primeira Dama à Grã-Mestra da Ordem, sendo conhecida pelo grande rigor com o que escolhe as Damas da Ordem.
Atualmente a Principesca e Ducal Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora é uma das mais vivas e atuantes Ordens Dinásticas da Principesca Casa de Trivulzio-Galli.